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Série Países: Timor-Leste

Por João Pinheiro
A Série Países está de volta, agora com um país “irmão” ao nosso, Timor-Leste. Assim como o Brasil, o Timor-Leste foi uma colônia portuguesa e, inclusive, o país mais recente do mundo (com fim da invasão indonésia em 2002) até o ano de 2011, quando foi criado o Sudão do Sul. Conheça mais desse novo país, com seus quase 11 anos de idade, que serão completos no dia 20 desse mês.


Conheça um pouco...

Timor-Leste (oficialmente República Democrática de Timor-Leste) é um dos países mais jovens do mundo, e ocupa a parte oriental da ilha de Timor no Sudeste Asiático, além do enclave de Oecusse, na costa norte de Timor, da ilha de Ataúro, a norte, e do ilhéu de Jaco, na ponta leste da ilha.
As únicas fronteiras terrestres que o país tem ligam-no à Indonésia, a oeste da porção principal do território, e a leste, sul e oeste de Oecusse, mas tem também fronteira marítima com a Austrália, no Mar de Timor, a sul. Com 14.874 km² de extensão territorial, Timor-Leste tem superfície equivalente às áreas dos distritos portugueses de Beja e Faro somadas ou ainda é menor que Sergipe, o menor de nossos estados.
Sua capital é Díli, situada na costa norte. Conhecido no passado como Timor Português, foi uma colônia portuguesa até 1975, altura em que se tornou independente, tendo sido invadido pela Indonésia três dias depois. Permaneceu considerado oficialmente pelas Nações Unidas como território português por descolonizar até 1999.
Foi, porém, considerado pela Indonésia como a sua 27ª província com o nome de "Timor Timur". Em 30 de agosto de 1999, cerca de 80% do povo timorense optou pela independência em referendo organizado pela Organização das Nações Unidas.

País-criança


Até conquistar sua independência, em 20 de maio de 2002, há cinco anos, e se tornar um dos países mais jovens do planeta, a parte leste do Timor, ilha do sudeste asiático – hoje chamada de República Democrática do Timor-Leste –, foi dominada por quase cinco séculos. Passaram por lá portugueses, espanhóis, holandeses, japoneses e indonésios.

1520 >> Os portugueses, primeiros europeus a colonizarem o sudeste asiático, montam entrepostos comerciais na ilha do Timor de olho no sândalo. A madeira da árvore tinha alto valor comercial por ser utilizada na fabricação de móveis de luxo, óleos e perfumaria.

1613 >> Os holandeses, em guerra contra a Espanha e Portugal (que, nesse período, vivia sob o domínio espanhol), desembarcam na cidade de Kupang e, assim, passam a dominar toda a parte ocidental da ilha – território conhecido atualmente como Timor-Oeste.

1859 >> Em 20 de abril, um tratado entre Portugal e Holanda divide a ilha do Timor em duas colônias: uma holandesa, a oeste, e outra portuguesa, a leste. O tratado, que só teria efeito prático em 1861, é seguido por outros nas décadas seguintes. As fronteiras do Timor só são definidas pelos países com clareza em 1914.

1942 >> Na Segunda Guerra, o Japão invade o Timor e disputa a ilha com os australianos, recém-chegados. Em 1945, Portugal reavê o domínio da parte oriental. A parte oeste passa a ser província da Indonésia.

1975 >> Um ano após a Revolução dos Cravos, que põe fim à ditadura em Portugal, a Fretilin (Frente Revolucionária do Timor-Leste) declara a independência do país. Isso aconteceu após ela sair vitoriosa de uma luta contra a União Democrática Timorense (UDT), favorável à manutenção dos laços com Portugal.

1976 >> Sob a ditadura de Suharto (que, como muitos javaneses, tem apenas um nome), a Indonésia anexa o Timor-Leste, ignorando o governo português e a ONU, que votou pela retirada das tropas indonésias do país. Cerca de 200 mil timorenses morrem na invasão.

1996 >> Com a concessão do Prêmio Nobel da Paz para dois defensores da independência do Timor-Leste – o bispo Carlos Ximenes Belo e o ativista da Fretilin José Ramos-Horta –, cresce a pressão internacional pelo fim da ocupação da Indonésia no país. Suharto renuncia dois anos depois.

1999 >> Em um plebiscito em 30 de agosto, 78,35% dos timorenses votam pela independência. O resultado não agrada a Indonésia, que massacra centenas de civis. Em setembro, chegam tropas da ONU e, em novembro, o diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello assume lá o cargo de administrador de transição da ONU.

2001 >> Os timorenses elegem a Assembléia Constituinte e dão 55 das 88 cadeiras para a Fretilin. O secretário-geral, Mari Alkatiri, assume o cargo de primeiro-ministro do governo provisório.

2002 >> A nova Constituição entra em vigor e, em março, o ex-líder da guerrilha separatista Xanana Gusmão é eleito presidente com 82,7% dos votos. Em maio, o brasileiro Sérgio Vieira de Mello deixa o posto, o país se torna oficialmente independente e o governo provisório assume plenos poderes.

Bandeiras iguais


Um fato muito interessante do Timor-Leste refere-se às bandeiras do país e dos vários distritos. Na animação ao lado estão as bandeiras nacional e de 9 distritos. Todas elas possuem um triângulo preto – que representa o obscurantismo que precisa ser superado – sobre um triângulo amarelo – que representam os traços do colonialismo na História de Timor-Leste – e uma estrela branca – que representa luz que guia e é branca para representar a paz.

Na galeria de fotos abaixo você pode ver todas as bandeiras do Timor-Leste:


Pesca ancestral


Arqueólogos da Universidade Nacional Australiana (ANU, na sigla em inglês), em Canberra, capital da Austrália, encontraram evidências de que os humanos utilizam técnicas de pesca em alto mar há cerca de 42 mil anos.

A descoberta foi na caverna Jerimalai, utilizada como abrigo por nossos ancestrais e banhada pelo mar do Timor, no Timor-Leste, e aproximadamente 38 mil ossos de peixes, de 2,843 espécies, datados de mais de 42 mil anos, foram encontrados no local.

O estudo foi publicado na edição de 25 de novembro de 2011 do periódico científico Science.

Os pesquisadores também encontraram anzóis feitos de conchas entre 23 mil e 16 mil anos. Eles acreditam que seja o mais antigo vestígio de um anzol no mundo, mesmo não parecendo resistente o suficiente para pescas em alto mar. Os cientistas acreditam que outros tipos de anzol devem ter sido produzidos na mesma época.

Antes desta descoberta, arqueólogos de todo o mundo acreditavam que a pesca em alto mar só começou a ser praticada há 12 mil anos. Porém, os pesquisadores da ANU não sabem ao certo como nossos ancestrais capturavam os peixes, que – muitas vezes – eram rápidos e nadavam bem no fundo do mar.

“O local, no Timor-Leste, nos mostrou que os humanos modernos da ilha do sudeste da Ásia tinham habilidades marítimas incrivelmente avançadas. Eles eram especialistas em capturar peixes que são desafiadores até hoje, como o atum”, disse a pesquisadora chefe dos estudos, Sue O’Connor, em entrevista à ANU.

>>> POR QUE A Série Países?
A Série Países, do Curioso e Cia., tem um básico motivo: abrir os nossos horizontes. Estamos tão acostumados com a rotina brasileira, com o nosso estilo de vida, com o modo de agirmos e vivermos em sociedade. Então por que não conhecer outros países e culturas totalmente diferentes? Essa é a proposta do Curioso e Cia.
Fonte: Wikipédia; Guia do Estudante; National Geographic Brasil
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