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Inventos brasileiros e seus inventores

O Curioso e Cia. está voltando novamente à ativa. E para começar, vamos mostrar algumas coisas criadas aqui na nossa terra e que, hoje, estão presentes em todo o mundo. Quem disse que o brasileiro não tem criatividade, não é inteligente, não pode inventar, inovar? Veja um pouco...


Se você pensa que nós, brasileiros, não temos boas ideias ou que tudo que é novidade é inventado em outros países, dê uma olhada na história das invenções, para perceber que a coisa não é bem assim. Nossos cientistas e pesquisadores sempre tiveram bons projetos, mas, por falta de reconhecimento e apoio, muitos acabaram ficando pelo caminho e as glórias acabaram indo parar nas mãos de estrangeiros.

O primeiro inventor brasileiro

Bartolomeu Lourenço de Gusmão (1685-1724) foi um padre católico, cientista e inventor, nascido na então colônia portuguesa do Brasil, capitania de São Vicente. Apelidado de “padre voador”, o padre Gusmão tornou-se famoso por ter inventado o primeiro aeróstato operacional, a que chamou de “Passarola”. É uma das maiores figuras da história da aeronáutica mundial. Foi o primeiro inventor, não apenas do Brasil, mas das 3 Américas.

Segundo se sabe, a observação de uma bola de sabão subindo no ar, inspirou-lhe a concepção de um balão e o desenvolvimento de estudos na área da aerostação.

Santos-Dumont

Alberto Santos-Dumont (1873-1932) foi um engenheiro-mecânico extremamente criativo. Ainda criança, inventou aviõezinhos com hélices acionadas por elásticos. Já adulto, trouxe para o Brasil o primeiro automóvel movido a petróleo. Mas foi em Paris onde sua criatividade e talento foram reconhecidos. Suas principais invenções foram:

  • Balão a gás de pequeno porte: revolucionou a construção de aeróstatos. Foi batizado de Brasil, em homenagem à terra natal de Dumont.
  • Dirigível: ao colocar um motor movido a petróleo num balão a gás, Dumont inventou o primeiro dirigível. O modelo nº 9 foi o primeiro a dar a volta à torre Eiffel.
  • O avião: o 14 Bis foi a primeira aeronave mais pesada do que o ar a levantar voo por seus próprios meios. Até hoje existe uma dúvida sobre quem apresentou primeiro a ideia, se foi Santos-Dumont ou os irmãos norte americanos Wilbur e Orville Wright, mas as provas favorecem muito mais o brasileiro.
  • O precursor do ultraleve: o Demoiselle 20, um avião menor, mais rápido e com maior possibilidade controle que o 14 Bis, foi o último invento aeronáutico de Dumont. E o primeiro ultraleve da história. Tinha 115 kg, envergadura de 5,50m e comprimento de de 5,55m.
  • O relógio de pulso: um dia, Dumont pediu ao seu amigo e famoso relojoeiro Louis-François Cartier que transformasse o seu relógio de bolso num relógio que pudesse ser colocado em seu pulso, usando alças no lugar da corrente, de modo que ele pudesse controlar facilmente o tempo que passava no ar, enquanto manobrava os comandos da aeronave. Rapidamente, o modelo tornou-se moda em Paris e, dali para o resto mundo, foi um pulo.
  • Hangar com portas de correr: em 1900, para fechar o galpão onde montava as suas invenções, Dumont colocou portas que corriam sobre rolamentos. O primeiro hangar do mundo tinha 11 metros de altura, 7 metros de largura e 30 metros de extensão.

A fotografia


O primeiro homem a descobrir uma forma de gravar imagens com o uso da luz não era brasileiro, mas vivia em nosso território. Morador da cidade de Campinas, interior de São Paulo, o francês Hercules Florence descobriu um método para imprimir fotos usando papel sensibilizado com nitrato de prata.

O princípio fotográfico é utilizado até hoje em revelações de imagens, porém basta pesquisar em qualquer livro de história para perceber que o nome de Florence não está entre os inventores da fotografia. Isso aconteceu porque, enquanto ele desenvolvia seu trabalho em silêncio por aqui, uma pesquisa similar estava em andamento na França.

As pesquisas de Louis Daguerre e Joseph Niépce são consideradas o ponto inicial da fotografia e ambos herdaram o título de paternidade da invenção. Ao saber das conquistas da dupla francesa, Florence abandonou as suas pesquisas.


Máquina de Escrever

Hoje as máquinas de escrever já são praticamente peças de museu, mas antes dos computadores era comum encontrar em qualquer escritório diversos aparelhos como esses. Essa invenção também nasceu no Brasil, ainda no século XIX.

O padre João Francisco de Azevedo teve a ideia de adaptar um piano de 24 teclas para que ele pudesse imprimir letras em um papel. Para mudar de linha era preciso pisar no pedal, localizado na parte de baixo do aparelho. Sem dúvida, a ideia era bastante promissora.

Velho e doente, Azevedo confiou a sua invenção ao negociante George Napoleon, que dizia ter possíveis interessados em fabricá-la nos Estados Unidos. O padre nunca mais teve notícias do vendedor, mas alguns anos depois um modelo quase igual foi apresentado em solo americano por Christofer Sholes. Em seguida, a empresa Remington comprou a ideia e passou a fabricá-las em escala comercial.


Transmissão Radiofônica

Embora hoje o nome do padre Roberto Landell de Moura seja associado com mais frequência à invenção da radiotransmissão, nem sempre foi assim, e ele morreu sem ser creditado pela sua invenção. De acordo com os relatos, o padre teria sido o precursor na transferência de voz por ondas de rádio.

A partir da Avenida Paulista, em São Paulo, uma mensagem dizendo “alô, alô” foi ouvida a oito quilômetros de distância em um telefone sem fio. No mesmo ano, o italino Guglielmo Marconi, considerado o pioneiro da radiotransmissão, conseguiu apenas transmitir sinais telegráficos a algumas centenas de metros.

O nome de Landell de Moura só veio à tona na década de 40, quando a justiça norte-americana decidiu que Marconi não era o inventor. Apesar de não ter colhido os louros da fama em vida, hoje seu nome é citado como um dos prováveis criadores do rádio.


BINA - Identificador de Chamadas

O inventor do sistema de identificação de chamada, conhecido como BINA, foi Nélio Nicolai, um brasileiro de Belo Horizonte (foto), em 1982. No entanto, Nélio foi desacreditado pelo governo na época. Mesmo tendo a patente do produto, ele atualmente trava uma árdua batalha contra as operadoras de telefonia ao redor do mundo e, até agora, nada ganhou com a sua invenção.

O inventor calcula que o valor mensal dos royalties que deveria receber gira em torno de 4 bilhões de dólares.

Uma curiosidade: BINA significa "B Identifica Número de A".




Como dá pra ver, os brasileiros são criativos e inovadores. Seja como esses exemplos acima, seja sempre curioso, criativo e inovador. Assim, construiremos um mundo melhor.



Bônus! Outros inventos brasileiros:
  • Copo americano, por Nadir Figueiredo.
  • Escorredor de arroz, por Therezinha Beatriz de Andrade.
  • Orelhão, por Chu Ming Silveira.
  • Futevôlei, por Otávio Morais.
  • Lacre de segurança de plástico, por Eduardo Lima.
  • Painel eletrônico, por Carlos Eduardo Lamboglia.
  • Coração artificial, por Aron de Andrade.
  • Tênis computadorizado, pela Alpagartas Brasil.
  • Cartão telefônico, por Nélson Guilherme Bardini.
  • Sangue artificial, por Eliana Abdelhay.
  • Vacina contra Hepatite B, por Nicolai Granovski.

Fonte: Você Sabia? / Tecmundo / Wikipédia / Yahoo! Notícias
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